26 de junho de 2009

Mudanças...

É uma tentativa, não vou excluir isso aqui.

Vamos provar um pouquinho do wordpress!!

Ponto & Vírgula, blog "reformado": www.melsternberg.wordpress.com

Vejo vocês lá!

Beeijo!

19 de junho de 2009

Ridendo Castigat Mores

Trabalho de História, 2º bimestre. Contém SPOILERS


Década de 1960. Auge da Guerra Fria. O embate indireto entre EUA e URSS começava a deixar claro que qualquer faísca liberada por um dos dois lados poderia, a qualquer momento, gerar uma guerra onde não haveria vencedores. Quando os EUA lançaram as bombas atômicas em Hiroshima e Nagazaki em 1945 estava lançada uma mensagem política: os norte-americanos têm poder de destruição e não têm medo de usá-los. Após a destruição dos regimes nazifascistas da Europa, a nova ameaça para a terra do Tio Sam era o comunismo de Stalin e era para ele essa mensagem.

A partir de então, uma corrida nuclear teve início. As duas superpotências passaram a ter nas mãos a decisão de varrer da Terra seus inimigos (e com eles o resto do mundo). O imaginário da população norte-americana foi, então, alimentado pelo discurso anticomunista. Propagandas na televisão e filmes que plantavam a semente da dúvida afirmavam quem era o inimigo e que ele podia estar em qualquer parte, se infiltrando na sociedade e destruindo seus pilares.

Foi com base na combinação entre a paranoia e a corrida que podia levar ao fim do mundo que Stanley Kubrick adaptou o livro Red Alert (Peter Bryant, 1958) para as telas do cinema com o nome de “Dr. Strangelove or: How I Learned to Stop Worrying and Love the Bomb” (“Dr. Fantástico”, em português). Ao contrário de seu contemporâneo Sidney Lumet, que abordou a combinação de uma forma dramática em Fail Safe (EUA, 1964), Kubrick optou por olhar o tema com os olhos da comédia. O resultado foram quatro indicações ao Oscar, seis indicações e três prêmios no BAFTA (British Academy of Film and Television Arts) e o Prêmio Bodil de melhor filme americano. Tamanho resultado deve-se a uma série de fatores combinados de forma genial por Kubrick, a começar pelo roteiro e a maneira como foi articulado.

O general americano Ripper (Sterling Hayden), tomado por uma teoria de que os soviéticos estariam envenenando seus fluidos corporais, envia um comando de ataque para um avião-bombardeiro que, em tese, só deveria ser ordenado pelo presidente. O avião, isolado por exigência do plano, prossegue com a missão enquanto o General Turgidson (George C. Scott) se reúne com o presidente Merkin Muffley (Peter Sellers) e seus homens na Sala de Guerra. Cabe a Lionel Mandrake (também interpretado por Seller), capitão britânico que está em serviço nos EUA, controlar Ripper que se suicida quando a base é invadida por tropas americanas que buscavam o código de bloqueio à missão que só o general conhecia. Na Sala de Guerra, Muffley convida o embaixador soviético Alexei de Sadesky (Peter Bull) para entrar e auxiliar no contato com o premier da URSS.

Bêbado, o premier afirma que tem uma máquina que dispara automaticamente capaz de destruir tudo. O embaixador Sadesky explica que os cientistas soviéticos fizeram a arma porque não teriam dinheiro para uma corrida armamentista e para uma corrida da paz enquanto ainda tinham que supri as necessidades do povo. No entanto, o diretor de desenvolvimento de armas, Dr. Strangelove (mais uma vez, Peter Sellers), afirma que essa é na verdade uma arma psicológica, para plantar o medo do ataque na cabeça do inimigo. Diante de um quadro praticamente irreversível de destruição (o avião do ataque permaneceu isolado e seguindo com a missão), Strangelove sugere um plano de continuidade da raça humana em lugares subterrâneos, no qual computadores selecionariam os melhores da raça para procriar e liderar uma nova sociedade. Enquanto fala sobre o plano, Turgidson descobre que Strangelove é na verdade Herk Vert Líber, um cientista alemão perito em guerra nuclear que passa a trabalhar para os EUA após a guerra. Durante sua narrativa, Strangelove começa a se exaltar: sua mão, como que por vontade própria, se levanta em direção ao presidente enquanto o chama de “fuhrer”. Num momento de êxtase, Dr. Strangelove se levanta de sua cadeira de rodas, momento que coincide com o momento em que o Major T. J. "King" Kong (Slim Pickens) cai junto com a bomba atômica em território soviético. O fim do mundo é representado com várias imagens de explosões ao som de “We’ll meet again” (“Nós nos encontraremos de novo”).

A cena final que se passa na Sala de Guerra é essencial para uma crítica importante revelada na obra de Kubrick. O diretor compara explicitamente a paranoia e a falta de limites alcançados por nazistas e, agora, por ambos os lados da Guerra Fria. A dimensão que “a guerra que não era guerra” havia tomado havia tomado tais proporções que seriam iguais ou piores à dimensão da destruição causada pelo nazismo. Nesse ponto da história, se encontravam de novo uma situação extrema e a falta de limites. O verdadeiro inimigo de ambos os pólos da Guerra Fria era, na verdade, a própria capacidade do ser humano de se autodestruir.

Outra questão levantada é a necessidade estranha que uma potência tem de sempre estar combatendo algo para se afirmar. Para os EUA, primeiro o nazismo, depois o comunismo e, atualmente, o terrorismo. Outro reencontro que acontecerá não se sabe onde nem quando e que pode levar a mais episódios que mostrem que essa capacidade de autodestruir-se do homem não tem freios, como demonstrado nos últimos combates da história.

Rindo e brincando com metáforas, Stanley Kubrick castiga os costumes e a paranoia americana, alertando sobre o que chegou muito perto de acontecer.

18 de junho de 2009

Sinal Fechado

Cá está meu trabalho de Fotojornalismo do 2º bimestre.
Espero que gostem!!!

13 de junho de 2009

Em um blog não tão distante... (2)

Queridos leitores (Mel, você precisa parar de falar sozinha...),

É com imenso prazer que os convido pra ler o meu trabalho de Sociologia da Comunicação que está postado no blog Sociologia em rede (tá na listinha aqui do lado também). A proposta do trabalho é que todos os alunos postem nesse blog textos sobre os temas sorteados para cada grupo, separando-os por marcadores. Meu tema é Liberdade de Expressão.

O blog tá ficando muito legal e até terça (data limite pras pessoas postarem antes do professor dar nota) todos os temas que envolvem Sociologia da Comunicação estarão lá.

COMENTEM NOS NOSSOS POSTS POR FAVOR!! O professor vai gostar de ter criado uma "esfera pública" para discussão através dos posts de seus aluninhos xD

Obrigada desde já!


*

Só uma coisa... Eu esqueci de avisar que depois da data de "entrega" dos trabalhos o professor ia bloquear a entrada de pessoas pra poder "corrigir" os trabalhos. Todos nós esperamos que o blog volte ao ar nas férias (o que significa que eu saberei minha nota logo, hahah)... Mas enfim, obrigada aos que tentaram! Hahahahah

10 de junho de 2009

Subfeelings 4

2 minutos, aproximadamente, até o trem chegar.
Mais uns 2 minutos pra cada estação. 6, então.
8 minutos. 8 minutos por dia era o tempo que aquela rotina caótica dava aos dois.

Os melhores 8 minutos daquele dia, com certeza, mas eram 480 segundos que deixavam uma saudade que podia durar dias. Dias que passam mais devagar que os metrôs da linha vermelha, mais arrastados que alguém na multidão da Sé às seis da tarde e mais vazios que a estação Klabin.

Maldito tempo. Maldita falta de tempo.
Maldita vida moderna. Maldita falta de vida.

Tudo o que ela queria era poder transformar aqueles minutos em horas, ao mesmo tempo que trocaria a eternidade por qualquer segundo ao seu lado.