A multidão que acompanhava o bloco descia as íngremes ladeiras de Ouro Preto. Alalaô, ouô, ouô. O calor não era só por conta do sol forte. A alegria fazia a temperatura dos paralelepípedos subir.
Entre sombrinhas e cantos de marchinhas, faixas e fitas, confetes e serpentinas, avistei um pierrot a procurar sua colombina. Ia e voltava por entre multidão que passava desfilando, sendo observada pelas varandas das casinhas coloridas.
O bloco que agora seguia não era mais o primeiro, a marchinha agora era frevo e o pierrot continuava sua busca em meio aos foliões que pulavam ao som da banda. Arrastava-se contra a corrente, tentava permanecer no mesmo lugar.
As cornetas de frevo agora eram pandeiros de samba. E nada da colombina, agora porta-bandeira, dar sinal para seu desolado pierrot. Perdido entre os ritmos, as cores e seus amores, era um mestre-sala sem ter a quem cortejar, sem bandeira a proteger.
Agora no fim da ladeira, o axé que contagiava a população não atingia nosso mestre-pierrot. Entre abadás, continuava com sua humilde fantasia a procurar sua porta-columbina. Era levado pela multidão envolta no cordão.
Depois de quatro blocos, agora era Dia de Cinzas. O pobre folião sem sua companhia, sem o complemento de sua fantasia, sentado na calçada a olhar as máscaras que caíram durante os quatro dias de festa. Na ladeira agora só sobrou o confete entre os paralelepípedos e as serpentinas penduradas nas varandas.
Fim de carnaval, fim da fantasia.
Entre sombrinhas e cantos de marchinhas, faixas e fitas, confetes e serpentinas, avistei um pierrot a procurar sua colombina. Ia e voltava por entre multidão que passava desfilando, sendo observada pelas varandas das casinhas coloridas.
O bloco que agora seguia não era mais o primeiro, a marchinha agora era frevo e o pierrot continuava sua busca em meio aos foliões que pulavam ao som da banda. Arrastava-se contra a corrente, tentava permanecer no mesmo lugar.
As cornetas de frevo agora eram pandeiros de samba. E nada da colombina, agora porta-bandeira, dar sinal para seu desolado pierrot. Perdido entre os ritmos, as cores e seus amores, era um mestre-sala sem ter a quem cortejar, sem bandeira a proteger.
Agora no fim da ladeira, o axé que contagiava a população não atingia nosso mestre-pierrot. Entre abadás, continuava com sua humilde fantasia a procurar sua porta-columbina. Era levado pela multidão envolta no cordão.
Depois de quatro blocos, agora era Dia de Cinzas. O pobre folião sem sua companhia, sem o complemento de sua fantasia, sentado na calçada a olhar as máscaras que caíram durante os quatro dias de festa. Na ladeira agora só sobrou o confete entre os paralelepípedos e as serpentinas penduradas nas varandas.
Fim de carnaval, fim da fantasia.